Estreia discográfica mostra que os lobos canadenses estão sedentos por sangue
Por Luiz Athayde
Metal e dos mais pesados é a palavra de ordem da mais nova alcateia de Ontario, Canadá a tomar de assalto a esfera sônica dominada por riffs: Lycanthro.
Embora sua história tenha origem em 2014 quando ainda se chamava Death Wish, a banda liderada pelo jovem carismático vocalista e guitarrista James Delbridge só lançou a primeira demo com o novo nome em 2017.
Formações se seguiram nesses poucos anos e, após um EP e o primeiro aperitivo “Crucible”, o álbum de estreia, Mark of the Wolf chega em 2021, via carimbo Burning Sun Records, inclusive com toda a pompa de uma banda veterana.
E isso se explica facilmente: as composições trazem o aparato melódico da New Wave Of British Heavy Metal mescladas ao peso das brigadas noventistas, especialmente influenciadas pelo Deus máximo do metal, Rob Halford, em seus voos solo e claro, com o Judas Priest; além de trash e até mesmo Death, devidamente “espalhadas” como nuances no discorrer do disco.
O já citado single mostrou as cartas do que viria a seguir, mas é impossível não citar a instigante faixa título ou mesmo “In Metal We Trust”, que mais que um cliché necessário, é um atestado de honestidade.
Outra que se destaca é “Into Oblivion”, por sua pegada sombria e abordagem thrash metal. Menção nada honrosa (por ser outra grande faixa) para a balada quase hard rock de “Evangelion”, onde Delbridge revela seus dotes vocais, sem exageros de alguns típicos vocalistas do estilo.
Para deixar a marca do lobo, James contou com uma cozinha nova em folha, composta por Forest Dussalt (guitarra), Stew Everitt (baixo) e Panos Andrikopoulos (bateria). Mas, mais do que isso, Mark of the Wolf mostra uma rapaziada sedenta por sangue e ávida por levantar a bandeira do verdadeiro metal aos que insistem em dizer que já morreu. Agora, aperte o play.
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