Brother Against Brother – S/T (2021)

A união de dois talentos vocais brasileiros capitaneados pelo maior selo hard/heavy metal da atualidade

Por Luiz Athayde

Que a Frontiers Records é o maior carimbo especializado em hard/melodic rock (e por vezes heavy metal) da atualidade ninguém discute; tanto por revelar novos quanto trazer novamente antigos nomes.

Brother Against Brother (Foto: Divulgação)

E foi no meio dessa linha temporal que o mentor do selo italiano, Serafino Perugino, resolveu repetir a dose feita ao unir os cantores Russel Allen (Symphony X) e Jørn Lande (Jorn, Ark, Masterplan e outros), mas com um fechamento 100% brasileiro: Nando Fernandes (Sinistra, ex-Hangar, Cavalo Vapor, etc) e Renan Zonta (Electric Mob)no projeto batizado Brother Against Brother.

As composições são assinadas pelo renomado produtor e multi-instrumentista italiano Alessandro Del Vecchio, que, em suas credenciais, possui nomes como Jorn, Silent Force, Edge of Forever e Hardline, apenas para citar alguns.

O perímetro criativo girou em torno do que a gravadora se propõe a vender ao seu público, mais com o upgrade do power metal melódico, ou seja, no autointitulado registro você ouve influências que passam pelo AOR, as nuances mais melódicas do heavy metal, bem como o progressivo, tudo em torno da potência dos dois ases nacionais dos microfones.

Foi um tiro tão certeiro que você percebe logo nos primeiros momentos, a exemplo da abertura “Two Brothers”. Mas a faixa com grandes chances de pegar o ouvinte pela alma é “City of God”. De teor épico e sinfônico, seu refrão traz o melhor do rock melódico aliado à força do heavy metal.

“Haunted Heart” é outra que pega pela sua dinâmica de conexões indiretas com os suecos do Eclipse, por exemplo. Já “Whispers in Darkness” é onde o lado Dio de Nando mais aflora, e nem preciso dizer que é um dos grandes momentos do registro, embora a escolhida para a produção videoclíptica tenha sido “Valley Of The Kings”, já que ela traz todos os elementos citados no discorrer deste pequeno parecer.

 

 

Sem muitas análises, Brother Against Brother  é aquele tipo de disco que já nasce para arrancar os ouvidos de quem não consegue (e nem deve) “largar o osso” de ouvir músicas com a barra de energia no talo, e também por ver o Brasil tão bem representado em um estilo inimaginável há 20, 30 anos.

Ouça o álbum na íntegra abaixo:

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