O metal melódico estava em ascenso, enquanto italianos davam continuidade à sua saga
Por Luiz Athayde
Não há dúvidas que a década de 90 foi o período de ouro do power metal, com o surgimento e consolidação de vários nomes.
Muito antes de se chamar Rhapsody of Fire, o Rhapsody chegou neste dia, na classe de 1998, com o que é para muitos o seu melhor trabalho: Symphony of Enchanted Lands.
A produção foi assinada pela dupla mais concorrida da época, Sascha Paeth e Miro, diretamente do Gate-Studio em Wolfsburg, Alemanha, entre os meses de maio e agosto de 1998. O vocalista Thomas Rettke, então companheiro de Sascha no Heavens Gate foi convocado para integrar o coral do álbum. Além de músicos escalados para a orquestra.
Já a formação consistia no núcleo de compositores Luca Turilli (guitarra) e Alex Staropoli (teclados), mais o cantor Fabio Lione, o baixista Alessandro Lotta e o baterista Daniele Carbonera.
Liricamente, o registro era muito mais do que apenas o segundo CD da banda, mas a continuação da saga iniciada na estreia cheia de 1997, Legendary Tales; As Crônicas de Algalord – A Saga da Espada Esmeralda. Tudo é extremamente rico em mitologia, batalhas vorazes e um clima épico que somente o power metal cria com tanta paixão.
Singles não são exatamente uma característica marcante dentro do universo metálico. Ao contrário de EPs, que estendem o conceito e trazem faixas que por algum motivo ficaram de fora do disco cheio. E Emerald Sword foi o caso. Além da faixa homônima, o mini CD traz o b-side “Where Dragons Fly” e um remake da clássica “Land of Immortals”.
No âmbito dos licenciamentos, Symphony of Enchanted Lands ganhou lançamento mundial incluindo o Brasil via fechamento entre a Rock Brigade Records e Laser Company em 2001.
Emerald Info:
+ Em 2000, uma edição especial limitada em 2000 cópias de Symphony of Enchanted Lands foi lançada para coincidir com a turnê européia. Sua venda foi exclusiva pelo fã clube e nos shows da banda.
+ A introdução rítmica de “The Dark Tower of Abyss” foi inspirada em Antonio Vivaldi.
+ Na metade de “Epicus Furor”, há uma possível referência à peça “Riders of Doom”, da trilha sonora do longa Conan, O Bárbaro (1982); dada a extrema semelhança.